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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Quando Retirar as Fraldas

QUANDO RETIRAR AS FRALDAS

Por Marta Magalhães

O início da retirada das fraldas gera grandes dúvidas nos pais. Esse deve ser um momento tranqüilo, normal considerado como parte da vida da criança e dos pais e encarado sem angústias.
Não se deve ter pressa nesse processo. O principal é a criança ter maturidade suficiente para controlar seus esfíncteres (músculos que controlam a saída de urina e fezes).
Não se deve forçar a criança retirar as fraldas, pois isto pode ocasionar sérios problemas como incontinência urinária ou intestino preso.
Tudo tem seu tempo, e cada criança o seu momento. Além disso, a criança precisa ter algumas habilidades dentre elas:
1 - Conseguir ficar sentada sozinha de 5 a 10 minutos;
2 - Andar;
3 - Falar para conseguir pedir para ir ao banheiro;
4 – Coordenação motora e controle de seu corpo para retirar a roupa, que devem ser de fácil manuseio e de elástico para facilitar.
A criança de 2 anos de idade, já está pronta para o INÌCIO da retirada das fraldas, devido ao seu desenvolvimento psicomotor, social, emocional já estar se desenvolvendo. Nunca se esqueça que cada criança tem o seu desenvolvimento e seu tempo para a aquisição de habilidades. RESPEITE O MOMENTO DE SEU FILHO.





Devemos aproveitar a fase da imitação para estimular a criança a imitar o adulto ri no banheiro, por isso deixe a porta aberta.
O uso do penico também é de grande valia em casa.Deixe a criança explora-lo, conhece-lo. A partir daí. Quando estiver familiarizada, coloque as fezes da criança dentro do penico na frente dela, sempre conversando e explicando.

Quando a criança consegue passar uma grande parte do dia seca, já se pode retirar a fralda.
Não deixe de oferecer o banheiro e penico várias vezes por dia, atendendo-a imediatamente, pois ela pode não conseguir esperar. Pois assim não terá uma assimilação.
O processo leva de 5 a 6 meses, não se assuste mais é o tempo necessário, a criança deve adaptar-se ao vazo sanitário.
Fique atento ao comportamento da criança, como por exemplo, se ela está com as mãos nos genitais ou se está apertando a perna, pois ao invés de falar, pode estar utilizando o corpo para se comunicar;
Em caso de acidentes, não xingue, não bata, grite, puna ou deixe a criança com a roupa suja. Não esqueça que ela está aprendendo e que precisa de incentivo e paciência, por isso, encoraje-a, dizendo que escapou, mas que da próxima vez ela vai conseguir ir a tempo;
Evite oferecer líquido antes da hora de dormir e leve a criança no banheiro ante de deitar.
Não puna a criança por ter fracassado, pois isso atrapalha o aprendizado, e elogie quando a criança obtiver sucesso.
Os meninos são estimulados primeiramente sentados, mas depois do controle adquirido, devem ser estimulados a fazer xixi em pé como o papai.
Sempre mostre entusiasmo quando a criança fizer suas necessidades no vaso sanitário, pois a criança quer um reconhecimento. Sempre elogie a criança quando ela tiver sucesso nesta sua nova conquista, porém não exagere, não faça “festa” ou dê recompensas, pois ela poderá utilizar esta situação para “controlá-los”;






Como a mãe foi o primeiro objeto de desejo e de contato com a criança devido a amamentação (Constituía a relação corporal), é esta que será referência de seus atos para a criança em suas fantasias, onde todos os processos corporais se ligam a essas fantasias sobre a pessoa da mãe. Com isso, quando a criança percebe o interesse da mãe em seus processos corporais, descobre seu poder em manipulá-la, de dar ou não o que a mãe quer, ou seja, a criança pode não fazer o que a mãe quer, mesmo a amando.
Tanto o comportamento da mãe quanto o da criança é importante neste processo, a principalmente a fraqueza não ser demonstrada pela mãe. A emoção elevada na mente da mãe provoca muitos sentimentos na mente da criança, e é muito fácil, por nossa própria demonstração de ansiedade e insistência sobre uma ação imediata, confirmar as fantasias espontâneas da criança sobre os horríveis perigos da ação de seu intestino e, se os pais forem muito insistentes, não apenas coagirão para que se defenda contra esta interferência cruel, retendo as fezes, como também lhe proporcionarão uma arma poderosa para tiranizar os pais.
Deve-se ter cuidado na retirada quanto:
• A falta de amadurecimento neurológico antes dos dois anos, não force a criança antes da hora.
• Não exija demais antes do tempo: Toda criança tem seu tempo de aprendizado.
. • Elogie os sucessos e ignore os erros. (quando escapa). Não brigue com a criança quando não conseguiu fazer no lugar determinado.
• Providencie penicos, banquinho para colocar os pés no caso de usar o vaso e neste coloque uma tábua protetora. Muitas crianças teem a fantasia de cair ou ser levada embora pela descarga.
• As crianças precisam de privacidade: gostam de fazer as coisas sozinhas. Não fique o tempo todo na frente da criança. Esta pode ficar encabulada ou invadida e reter as fezes.
• Cuidar para não criar uma guerra quando o cocô escapa, ela pode pensar que o cocô é feio ou mau. Às vezes par agradar a mãe ela prende até não agüentar mais, o fato pode provocar prisão de ventre e dor ao evacuar. Na cabeça da criança o cocô é um presente para a mãe, então é importante observar se quando a criança vê a mãe na hora da saída da escola esta faz cocô.
• Os dois anos é a idade em que a criança testa os pais com negação. Esta é a idade do não.
• Mantenha a calma. A criança pode brincar com o cocô e sujar a casa. Mostre que não gosta, mas procure dirigir a critica para a sujeira e não contra a criança. Com isso Descobrirá tantos outros meios pelos quais pode expressar sua necessidade de poder, que essa expressão corporal das mais primitivas perderá então sua atração. Existem outras substâncias como areia, terra de jardim, barro e argila, com as quais pode brincar, fazer coisas que dão prazer e atraem o interesse de outras pessoas. Esse deslocamento de interesse das partes e produtos corporais, para objetos e habilidades externas, liberta gradualmente os órgãos fisiológicos para funções fisiológicas, e reduz sua importância como órgãos de prazer e conforto. É assim que se adquire um hábito, não por um condicionamento precoce de reflexos, mas como resultado de um longo e complexo desenvolvimento psicológico.
• A cama seca a aprece só mais tarde. Antes dos três anos a criança ainda não tem condições de deixar a fralda noturna. É importante conversar sobre os fantasmas da primeira infância dos pais - por exemplo, as lembranças ruins de quando deixaram de usar fraldas.
Em casos de maiores esclarecimentos procurem o pediatra ou o psicólogo da escola.
É de suma importância que a criança em casa seja estimulada da mesma forma que na escola para que não se confunda e o processo de retirada de fraldas tenha bom andamento.

Observações gerais práticas:
Na Sapientia iniciamos o processo de aprendizado por volta doas 2 anos.
Inicialmente pedimos aos pais que retirem as fraldas e as substituam por calcinhas ou cuecas, permitindo à criança sentir mais efetivamente a sua urina e as suas fezes; E, uma vez retiradas, evitamos recolocar as fraldas, para não confundir a criança.
Conversamos naturalmente quando alguém faz “xixi” ou “cocô”, dizendo que isso se faz no vaso sanitário. Algumas vezes ao dia perguntando se querem ir ao banheiro.
Sempre que possível levamos mais de uma criança da mesma idade ao banheiro; para mostrar-lhes o vaso e também os colegas ou amigos que já têm certo controle. Isso facilita bastante o aprendizado, pois a imitação é comum nessa faixa etária.
Não recriminamos, punimos ou prometemos recompensas para que a criança aprenda mais depressa. Não são usadas expressões como “é feio”, “é sujos” ou equivalentes, referindo-se às fezes ou à urina, à falta do controle sobre elas. Mostrar repugnância pode levar a criança a sentir vergonha de um ato absolutamente normal na faixa etária.
Quando a criança já se controla, é importante começar a ensiná-la a limpar-se sozinha, de início com ajuda total, mas tendo em vista que este é o próximo objetivo a ser atingindo nessa área de desenvolvimento.

“O conhecimento não pode ser uma cópia, visto que é sempre uma relação entre objeto e sujeito”.
Jean Piaget
 
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